Post lamechas

É curioso como à noite, nomeadamente entre as 0 e as 5 horas da manhã tenho uma queda impressionante para me auto-analisar, fazer racionalizações - algumas delas bestiais - sobre seja o que for, mas mais interessante é o facto de uma simples música, que por acaso não ouvia assim há coisa de 4 anos, "My Angel Gabriel" dos Lamb, me impulsionar a fazer as tais racionalizações a qualquer hora do dia.
Não sou uma pessoa popular, por conseguinte, sou um mal-amado, gosto de 1% das pessoas que conheço, 60% sentem-se incomodados por dizer o que penso, ou seja, melindram-se com a sinceridade, mas são apologistas da hipocrisia, apesar de dizerem que prezam a sinceridade e abulem os hipócritas, o que nos permite chegar à conclusão que dizem o que lhes interessa, logo aproximadamente 85% da população mundial não passam de criaturas básicas egoístas, sei que mentir é um processo criativo e dizer a verdade é um processo rudimentar, mas o que faz da maioria de nós seres básicos são o que fazemos (e dizemos), que é pré-determinado consoante a formação que recebemos, o que evidencia que tudo na vida é condicional, embora nem sempre pensemos assim, pois não temos a capacidade de antecipar sempre as condições.
Mas o que é que leva um gajo de qi 146, a quem lhe diagnosticaram baixa inibição latente (sim, por ter a fama de anti-social, os senhores professores já sugeriram aos meus pais umas idas ao psicólogo, os quais, na minha opinião, ou gostam verdadeiramente daquilo que fazem ou são fúteis), uma perturbação de comportamento - mistura de anti-social, com arrogante, egocêntrico e excessivamente sarcástico e irónico, tanto que sou obrigado a arruinar alguns sarcasmos e ironias para os ter de explicar - a escrever este pedaço de [inserir palavra fofinha]? Epá, estava com vontade de divagar um bocado, antes aqui do que num antro de adolescentes imbecis que tentam escalfar o cérebro mastigando coca (a planta que dá origem à cocaína, para os distraídos), desconfio que até finais de Junho, só algumas pessoas vão ler, daí que não faça grande diferença escrever uma coisa tão profunda como este post, ou algo tão superficial como a beleza do jet-set saloio, aquele que condena frases tipo "a arrogância dos pobres é a auto-estima dos ricos, foda-se", mas aprova aquelas do género "adoro o rímel que compraste ontem, utilizas nas quatro zonas com pestanas que tens?" (ou seja, reprovam o palavrão, que, na óptica deles, é o que torna a frase errada).
Não, desgostos amorosos ou whatever não acentuaram os traços fortes e cáusticos da minha personalidade. E não, não fiz escrevi este post por me ter passado na cabeça o Mike aludir a emos.